O perigo é não tratar
Pesquisa realizada pelo Conselho Nacional sobre Envelhecimento, dos Estados Unidos, aponta que quem não usa aparelhos auditivos mesmo tendo necessidade apresenta 5% a mais de probabilidade de ter depressão. As pessoas esperam em média seis anos para procurar ajuda, depois que os primeiros sinais aparecem. A negação do problema e a falta de conscientização são os principais fatores que contribuem para isso, agravando o problema e causando raiva, frustração, depressão e ansiedade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, entre 15% e 20% da população brasileira tem zumbido, sintoma que indica perda auditiva. No entanto, apenas 15% desse total se sentem incomodados a ponto de procurar ajuda médica. Isso significa que boa parte dos deficientes auditivos do Brasil estão expostos a consequências muito mais graves do que a própria perda de audição, como isolamento, constrangimento, sentimento de inutilidade e depressão.
Tristeza ou depressão?
É comum que estes dois conceitos se confundam. A tristeza nem sempre é um sentimento prejudicial – segundo especialistas, é até necessário algumas vezes. O importante é estar atento ao grau de intensidade, frequência, duração e prevalência sobre os demais sentimentos. A Organização Mundial da Saúde considera indicativos de depressão a tristeza permanente, desinteresse por atividades motivadoras e incapacidade de realizar tarefas diárias por mais de duas semanas. É importante estar atento!